Desenvolvendo seu MVP

Neste artigo abordaremos o MVP (“Minimum Viable Product”) e como você pode aumentar suas chances de sucesso.

Hoje abordaremos um assunto que está em voga e na mente de todos aqueles que desejam desenvolver uma ideia, um novo produto ou um novo serviço. Assunto recorrente até mesmo dentro de grandes empresas, tanto para aplicações departamentais como para aquelas que são consideradas client-facing. 

Este artigo vai te ajudar a identificar quando você precisa desenvolver um MVP e como fazê-lo de uma forma que gere resultados e não consuma um orçamento grande demais. 

Para começar, o MVP significa Minimum Viable Product, ou seja, é um produto 100% utilizável, mas que contém a menor quantidade possível de features que resolverão um determinado problema. Este conjunto mínimo de funcionalidades você usará para testar a sua ideia e o seu mercado.  

MVP: Começando com sua ideia

Você precisa de um objetivo claro e bem definido. Este objetivo também vai definir quem será o seu público-alvo e como você irá abordá-lo. Ele vai te guiar por todo o processo de desenvolvimento, mantendo você focado. 

  • Um público muito genérico pode não gerar uma identificação com seu produto;> 
  • Um produto de nicho pode ter um crescimento mais lento;> 
  • Um produto por demais específico pode limitar seu crescimento;> 
  • Parafraseando Uri Levine, Fundador do Waze, “Find a solution with many users with a problem”, ou seja, encontre uma solução para um problema, que afete muitas pessoas;> 
  • Identifique uma forma de poder escalar seu produto!> 

Uma vez tendo seu objetivo definido, identifique quais são os requerimentos necessários para executar seu projeto. Existem diferentes métodos de priorização que você poderá usar. Desde os mais básicos com o MoSCoW até técnicas mais complexas para resolução de conflitos entre as partes interessadas. 

Identificando os requerimentos do MVP:

  • Trabalhe com informações: o mais “realista” possível. Obtenha dados de pesquisas e interações com seus potenciais clientes/usuários;
  • Evite focar somente nas low-hanging fruits, ou seja, nos itens de execução mais fáceis. Isto pode levar você a criar múltiplas funcionalidades que não trazem valor para seu negócio e nem se alinham com seus objetivos;
  • Mensure o esforço de execução versus o retorno financeiro. Você pode ainda elencar uma série de critérios de valor, seus pesos e então priorizar os que são quantitativamente mais importantes;
  • Agrupar os requerimentos por áreas também ajuda a identificar requerimentos mais importantes.

Gestão de Riscos: Não se esqueça!

Não se esqueça de identificar os itens que representam riscos ao seu projeto e estratégias de mitigação. Adicione-os ao seu backlog e faça o tracking como qualquer outro item. Atenção especial àqueles que podem gerar impactos financeiros, de imagem, ou perda de clientes. 

Com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) chegando em Janeiro de 2021, pensar no seu MVP dentro dos conceitos de Privacy by Design e Privacy by Default poderá te ajudar no futuro do seu projeto!

Colocando seu MVP em produção

Sua ideia, com uma execução ruim, não te levará a lugar algum. 

Não se esqueça de estar atento aos feedbacks dos usuários e de entregar o MVP de forma iterativa, ou seja, frequentemente. Faça a cada lançamento algo bacana para seu usuário, algo que ele esteja esperando ansiosamente! Lançar features com bugs só geram ruídos com seu cliente. Por mais que seja “Minimum”, ele precisa ser “Useful”. 

Esteja pronto para pivotar seu conceito. Após ter seu MVP em produção, prepare-se para responder aos feedbacks de seus usuários e ajustar seu produto/serviço conforme a demanda. É possível também que o MVP criado tenha atendido à sua necessidade inicial de validação e aceite, e que você partirá para o desenvolvimento de um outro produto maior a partir dele (isto inclui arquitetura, tecnologias, ambientes, etc).  

Leve em consideração suas expectativas e defina objetivos mensuráveis para seu MVP. Se o resultado esperado não for atingido dentro de um período pré-estabelecido, talvez seja hora de voltar à prancheta e revisar suas premissas. Descontinuar um MVP é totalmente válido se os objetivos não podem ser alcançados.  

Na figura acima, temos uma breve visualização do que deve fazer parte de um MVP. Não foque apenas em requerimentos funcionais, tenha uma abordagem multi-nível para seu produto. Lembre-se de planejar elementos de encantamento, mesmo com uma quantidade limitada de funcionalidades!

Sucesso!  

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