Por que é importante preparar o DPIA?
Entenda a Avaliação de Impacto à Proteção de Dados e sua relevância para empresas de todos os portes e regimes tributáriosOutros temas relevantes para você:
Avaliação de Impacto à Proteção de Dados Pessoais (do inglês Data Protection Impact Assessment)
A Avaliação de Impacto à Proteção de Dados Pessoais — também conhecida pela sigla DPIA (do inglês Data Protection Impact Assessment) — é uma ferramenta estratégica prevista na LGPD que visa mapear riscos e orientar medidas de proteção em tratamentos que possam oferecer alto risco aos direitos e liberdades dos titulares.
O que é o DPIA e por que ele importa?
O DPIA é um relatório técnico que documenta:
- As atividades de tratamento de dados realizadas por uma organização;
- A finalidade desses tratamentos;
- Os riscos potenciais à privacidade e segurança dos dados;
- As medidas adotadas para mitigar esses riscos.
Mais do que um documento formal, o DPIA representa uma postura de responsabilidade ativa (accountability), transparência e maturidade em governança de dados e processos. Ao realizá-lo, a organização demonstra que avalia previamente os impactos de suas operações sobre os titulares de dados e age para evitar danos, vazamentos ou uso indevido.
O DPIA é obrigatório em quais situações?
A LGPD não exige que todas as empresas façam um DPIA para todos os tratamentos. No entanto, ele é obrigatório quando os tratamentos envolvem alto risco para os direitos e liberdades dos titulares, conforme previsto no Art. 38 da LGPD e regulamentos da ANPD.
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) define como tratamentos de alto risco aqueles que:
- Envolvem dados sensíveis (como saúde, biometria, orientação sexual, crenças religiosas);
- Podem afetar significativamente os direitos fundamentais dos titulares;
- Utilizam tecnologias com alto grau de automação ou decisão algorítmica;
- Atingem grande escala de titulares ou envolvem monitoramento sistemático.
Veja também: Perguntas e Respostas da ANPD sobre o Relatório de Impacto à Proteção de Dados
Em paralelo, a ANPD poderá solicitar o relatório quando em processos de fiscalização.
O DPIA e agentes de pequeno porte
Mesmo empresas de pequeno porte — como startups, clínicas, escolas ou e-commerces — podem realizar tratamentos de alto risco. Por isso, a dispensa de DPIA não é automática. A ANPD recomenda que esses agentes avaliem caso a caso, e preparem o relatório sempre que houver potencial elevado de impacto aos titulares, independentemente do tamanho da empresa.
Negligenciar essa avaliação pode não apenas gerar sanções futuras, mas comprometer a confiança do cliente e a reputação da marca.
O DPO na preparação do DPIA
O DPO (ou Encarregado pelo Tratamento de Dados Pessoais) tem um papel essencial na elaboração do DPIA. Como ponto de contato entre a empresa, os titulares de dados e a ANPD, ele atua como facilitador do processo de mapeamento, análise de riscos e definição de controles de segurança.
Um DPIA bem-feito exige:
- Um mapeamento de processos e dados completo;
- Diálogo com áreas de negócio, tecnologia, segurança e jurídico;
- Análise crítica dos fluxos de dados, incluindo as transferências internacionais de dados;
- Entendimento técnico das medidas técnicas e operacionais e de mitigação de riscos;
- Avaliação legal das bases de tratamento.
O DPO ajuda a garantir que o DPIA não seja um exercício meramente documental, mas um instrumento vivo de gestão de riscos. Além disso, orienta a empresa sobre quando realizar o relatório, quais critérios utilizar e como documentar as decisões de forma clara e defensável.
O DPIA pode, ainda, ser o diferencial na conquista de novos contratos, principalmente em mercados regulados ou com exigência de compliance. Ele também contribui para a construção de uma cultura de proteção de dados e para a antecipação de problemas que, se não tratados, podem resultar em multas e perda de confiança.
A importância da LGPD e da proteção de dados para empresas de todos os tamanhos
Engana-se quem pensa que a LGPD se aplica apenas a grandes corporações. Toda organização — seja uma startup, uma clínica médica ou uma gigante tech — que trata dados pessoais está sujeita à lei. A proteção de dados se tornou um requisito básico para operar com responsabilidade, conquistar clientes e crescer de forma sustentável.
Além de evitar penalidades da ANPD, estar em conformidade com a LGPD oferece uma série de benefícios práticos:
- Mais segurança jurídica nas operações comerciais;
- Melhor reputação e credibilidade no mercado;
- Facilidade para fechar contratos B2B, especialmente com empresas que exigem compliance como critério de seleção;
- Prevenção de vazamentos e incidentes cibernéticos, que podem causar prejuízos financeiros e de imagem;
- Maior transparência e confiança dos consumidores, cada vez mais atentos à forma como seus dados são utilizados;
- Inovação, ao entender e centrar processos no cliente;
- Preparar empresas para competirem no cenário global.
A adequação à LGPD deve ser proporcional à realidade da empresa, mas nunca negligenciada. Investir em governança de dados e avaliações como o DPIA é uma forma de proteger não só os dados dos titulares, mas também o futuro do seu negócio.
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