Qual o Custo Real de Montar um Time Interno Versus Contratar um Squad Especializado?

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Muitas empresas, ao crescerem ou iniciarem novos projetos, se deparam com uma decisão estratégica: formar um time interno ou contratar um squad especializado? Embora a primeira opção pareça oferecer controle e continuidade, ela traz uma série de custos ocultos, riscos operacionais e rigidez que, na prática, podem comprometer a agilidade e a eficiência do negócio — especialmente nas áreas críticas como desenvolvimento de software, segurança da informação (SOC/NOC) e proteção de dados (LGPD, GDPR e DPO).

Montar uma equipe própria envolve muito mais do que salários. É necessário investir tempo e dinheiro em recrutamento, treinamento, aquisição de equipamentos, estrutura de gestão e processos. Além disso, há o custo da curva de aprendizado, do turnover (cada saída pode representar até 50% do custo anual do colaborador) e da manutenção de talentos altamente especializados.

Profissionais de segurança cibernética, por exemplo, estão entre os mais escassos do mercado. A formação de um SOC interno exige investimento pesado em infraestrutura, ferramentas, contratação de analistas em diferentes turnos e desenvolvimento de playbooks de resposta. É uma operação complexa, cara e que demanda um grau de maturidade elevado para funcionar com eficiência.

No caso de desenvolvimento de software, a contratação de um desenvolvedor pleno, quando somados encargos, benefícios e custos indiretos, pode ultrapassar facilmente os R$20 mil por mês. Isso sem contar o tempo necessário até que ele esteja plenamente produtivo dentro da cultura e stack da empresa. Por outro lado, squads especializados já vêm prontos para operar — dominam metodologias ágeis, trazem experiência de múltiplos setores, estão atualizados com as melhores práticas e começam a gerar valor quase imediatamente. Além disso, permitem escalar ou reduzir o time conforme a demanda, sem impacto em folha ou estrutura interna.

Na área de privacidade e proteção de dados, essa lógica se intensifica. Embora a LGPD exija a figura do Encarregado (DPO), isso não significa necessariamente que a empresa deva contratar um profissional dedicado full-time. Em muitos casos, especialmente em startups, scale-ups e empresas de médio porte, o modelo DPO-as-a-Service (DPaaS) é mais eficiente e estratégico. Ele oferece acesso a uma equipe multidisciplinar — com profissionais jurídicos, técnicos e de governança —, com alocação sob demanda, acompanhamento contínuo da legislação e resposta imediata a incidentes. Além disso, garante a independência do DPO, reduzindo riscos de conflito de interesses, o que é essencial para manter a credibilidade e conformidade real do programa de privacidade.

Um dos grandes diferenciais da contratação de squads é a possibilidade de alocação part-time, ou seja, em modelos mais enxutos e sob medida. Isso é especialmente relevante para empresas em fase inicial ou que possuem projetos pontuais, como desenvolvimento de MVPs, implementações específicas de segurança, análises de maturidade ou auditorias de proteção de dados. Com esse modelo, o investimento é proporcional à demanda, sem desperdício de recursos ou criação de estruturas inchadas.

Ao avaliar o custo real de um time interno versus um squad especializado, é fundamental olhar além do número no contracheque. O verdadeiro custo envolve tempo, riscos, overhead, perda de produtividade, exposição a falhas e complexidade de gestão. Squads especializados, por sua vez, oferecem previsibilidade de custo, SLA de entrega, know-how consolidado, escalabilidade e, sobretudo, foco em resultado.

A decisão ideal varia conforme o estágio de maturidade da organização, sua cultura, grau de exposição a riscos regulatórios e o tipo de entrega esperada. No entanto, em um mercado onde agilidade, especialização e flexibilidade são diferenciais competitivos, o modelo de squads especializados — inclusive part-time — se consolida como uma solução mais inteligente, econômica e sustentável.

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